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sábado, maio 20, 2006

Paris I




O ambiente parisiense é ainda melhor do que aquilo que os filmes realistas franceses da década de 70 deixam transparecer - à excepção daquelas festas particulares, também muito realistas, das quais não tenho experiência.
As ruas são mais convidativas. Há pessoas muito mais bonitas. A torre Eiffel é imponente e intui-se no ar a melodia do acordeão da vida de Amelie Poulin.
Que fabuloso destino o meu há uns tempos atrás: ópera em Paris no calor do fim da tarde, Montmartre da Sacre Couer, os livreiros de Notre Dame e o ponto-zero das ruas da Cidade Luz na ilha de traços góticos.
As minhas pernas sentiram o que eu senti: o cansaço alegre do conhecimento, da viagem e das ruas...A insustentável leveza dos gestos sobre um copo de Chardonnay misturado com conversa q.b..
Ficam saudades...A cidade já criou um ponto de interesse no meu rol de sítios-sempre-visitáveis-a-qualquer-hora.
Já ficam saudades...apercebo-me. Tive uma sensação parecida em Londres, lugar-também-muito-visitável-durante-uma-vida (são, para mim, não comparáveis entre si e não posso deixar de ter um carinho especial pelo abrigo da Tate Modern).
Ficam saudades das viagens futuras à cidade terrena da inspiração de Robert Doisneau (o autor desconhecido do roubo do beijo em Paris de um texto anterior). Como ele também fui como uma lente insistente, perseguidora das formas que a luz recria.