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quarta-feira, agosto 15, 2007

Dos Gestos Perdidos
















Há quanto tempo não te ponho a mão no ombro, como se baixinho te sossegasse da turbulência dos meus pensamentos.

Não te retive na paciência da minha calma que dura instantes - como tão bem sabes -e raramente te ofereço os louros das tuas palavras assertivas. E eu que pertenço a uma geração (diz-se) à qual tudo se prometeu e nada se deu...

Não suporto o tremeluzir dos teus olhos de mel, que é quando vais começar a chorar. E olha que mais depressa demoro um banho na praia das memórias do que te vejo de lágrima transparente a escorregar na cara de menina.

És tão forte que tenho medo. Vêem-te, por vezes, parede de igreja matriz de lamentações imbecis e que tudo sustenta (mas nem sempre deixas de arder por dentro, como tão bem sei).

Carinha da mamã...o que ouço...e sou tão tua que tenho medo.