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terça-feira, maio 30, 2006

Da Tita...














...com saudades da avó.

segunda-feira, maio 29, 2006

The Ground Beneath Her Feet


The only people who see the whole picture are the ones who step out of the frame.
Salman Rushdie

domingo, maio 28, 2006

Paris IV



Paris III

sexta-feira, maio 26, 2006

Paris II




Mesmo ao lado da ilha histórica de Notre Dame, a não menos convidativa livraria de Shakespeare (espero que não soe muito a promoção turística!!!). Uma realidade realmente à parte que mais parece encontrada num dos seus valiosos livros (não que muitos não se encontrem por aí, mas são os de lá....). Páginas percorridas ao longo dos tempos por mãos e olhos interessados ou indiferentes, novos ou velhos, parisienses ou além-fronteiras, ávidos ou enganados, solitários, apaixonados e...sem dúvida...privilegiados.
Perante tal tesouro, o pó acumulado em todo o lado não parece incomodar o meu nariz, que noutra situação de ácaros qb já se teria desintegrado por certo.
Não há cantos nem espaços vazios. Apenas o suficiente para nos movimentarmos.
O sonho de qualquer promitente bibliotecário.
Preciosidade construída pela sapiência sólida de um grande senhor que atrás dos seus cabelos brancos guarda um olhar completo.
Arte. História. Ciência. Antropologia. Política. Biografias. Curiosidades....são exemplos.
Lugares obrigatórios no mundo dos iluminados.

sábado, maio 20, 2006

Paris I




O ambiente parisiense é ainda melhor do que aquilo que os filmes realistas franceses da década de 70 deixam transparecer - à excepção daquelas festas particulares, também muito realistas, das quais não tenho experiência.
As ruas são mais convidativas. Há pessoas muito mais bonitas. A torre Eiffel é imponente e intui-se no ar a melodia do acordeão da vida de Amelie Poulin.
Que fabuloso destino o meu há uns tempos atrás: ópera em Paris no calor do fim da tarde, Montmartre da Sacre Couer, os livreiros de Notre Dame e o ponto-zero das ruas da Cidade Luz na ilha de traços góticos.
As minhas pernas sentiram o que eu senti: o cansaço alegre do conhecimento, da viagem e das ruas...A insustentável leveza dos gestos sobre um copo de Chardonnay misturado com conversa q.b..
Ficam saudades...A cidade já criou um ponto de interesse no meu rol de sítios-sempre-visitáveis-a-qualquer-hora.
Já ficam saudades...apercebo-me. Tive uma sensação parecida em Londres, lugar-também-muito-visitável-durante-uma-vida (são, para mim, não comparáveis entre si e não posso deixar de ter um carinho especial pelo abrigo da Tate Modern).
Ficam saudades das viagens futuras à cidade terrena da inspiração de Robert Doisneau (o autor desconhecido do roubo do beijo em Paris de um texto anterior). Como ele também fui como uma lente insistente, perseguidora das formas que a luz recria.

sexta-feira, maio 12, 2006

Avalon

Uma Atlântida estilizada, porque se escondeu por aí...Mais do que um local, um conceito cheio de riqueza de espírito e que levanta o lençol empoeirado dos tempos de grandes valores para homens e mulheres. Sim, elas! Não vou ao extremo de uma Marion Zimmer Bradley perdida nas suas brumas e no extremo das suas ideias - no que toca ao papel da mulher num mundo onde a própria religião parecia só existir para eles. Mas, aceito que haverá um paralelismo entre conquistas guerreiras masculinas (celebradas posteriormente em almanaques e livros vaidosos) e conquistas femininas não perceptíveis a olho nu: ambos conquistaram e conquistam territórios diferentes e a seu tempo.

Muito tempo passou desde que as pedras se arremessaram ou as fogueiras se acenderam para calar a voz a muitas que se rebelaram com as suas ideias infames e pensamentos tortuosos, desviando o homem da sua santidade natural.
Foram precisos séculos de controvérsia em volta de uma Madalena pecadora ou de um Judas supostamente traidor (na iminência perigosa actual de se tornar um verdadeiro herói na história de Jesus de Nazaré) para perceber (ou pelo menos, desconfiar) que, se um pecado nunca vem só, também, quem o comete não o faz sozinho. Há sempre uma mão invisível (Adam Smith tinha a sua razão) que nos empurra para o desconhecido. E tudo o que é desconhecido, é, obviamente, sinónimo de obscurecido e de desconfiável...reunindo, portanto, as condições necessárias para ser banido pelas religiões mais certas e saudáveis!

O decurso da própria História, o desenvolvimento (feliz!) da mentalidade de homens e mulheres, as consequências de actos incontáveis de coragem definiram o poder de uma forma mais abrangente. A opinião feminina começou a ser importante para ouvidos outrora fechados.
Curiosamente, no âmbito da religião, esses ouvidos parecem continuar fechados...E essa indisponibilidade infiltra-se nas chefias do mundo social e económico.
Há casos merecedores de estudo mais aprofundado, que contradizem o sentido que a dignidade humana deverá conter. Casos como aqueles que descriminam a maternidade em troca de segurança laboral e elevadas contrapartidas, como se representasse por si o só pior dos entraves ao poder...
Ainda não passei pelo advento da maternidade. Mas não me parece que haja melhor expressão e manifestação de poder!E este poder, sim, deve ser celebrado sempre e com a importância devida.

Sou por Avalon.